sábado, 2 de maio de 2009

Ronaldo: uma surpresa esperada

O jogo caminha com tudo para um empate.

26 de abril de 2009 ficará marcado prá sempre na retina daqueles que presenciaram o feito que se deu no último tento da partida.

Naquela Vila, a mais famosa do mundo, onde a memória de um rei ainda permanece viva, visto que o seu reinado não sofre nenhuma ameaça visível de ser superada ou mesmo questionada, um craque, daqueles raros que Deus coloca na face da Terra de 20 em 20 anos teria o seu momento majestoso.

Havia pouco tempo esse craque estava desacreditado e muitos já o apontavam como jogador aposentado e com chances minúsculas de voltar a jogar competitivamente.

Porém, a persistência, a vitamina do sucesso, e tatuagem dos vencedores, mostrou-se aliada do craque.

Se ele, jovem, conseguiu superar uma lesão a ponto de vencer uma copa do mundo, por que não, vencer uma contusão que o poderia tornar um dos maiores nomes de um time de massas?

Qual tarefa seria mais difícil? Campeão do mundo ou ídolo do Corinthians?

Ambas são tarefas árduas. Ambas envolvem pressões. Porém, após as tempestades, vem uma calmaria recheada de prêmios, gratificações e merecidas glórias.

E Ronaldo, o craque, é um dos únicos a dizer de peito cheio que conseguiu isso.

O Rei alcançou notoriedade e encantou o planeta com seus lances e gols que são hojes instantes tornados eternos.

Porém, com relação ao Corinthians.... o rei acabou não se tornando um ídolo, mas um algoz. Com seus 50 gols no alvinegro paulista, Pelé foi um dos grandes responsáveis pelo tabú de 11 anos em que o Timão não venceu o Santos em partidas oficiais pelo campeonato paulista.

Mas, voltando ao dia 26 de abril, na casa de sua majestade, Ronaldo foi rei. 2x1 Corinthinas mostrava o placar na primeira finalíssima do campeonato paulista. O Peixe era todo prá cima e pressão o tempo inteiro.

Mas, de repente, não mais que de repente, num lance que arremata um placar, Elias lança Ronaldo, o fenômeno, num drible desconsertante tira a bola de Triguinho, avança lentamente em direção à área santista, e de pé esquerdo, manda de cobertura a bola sobre o arqueiro Fábio Costa.

Gol. Um gol de placa. Um gol de rei na casa de Pelé que de seu camarote presenciou a cena.

Ronaldo, na humildade que o construiu como homem, como atleta, declarou:"Estou muito feliz por ser rei, pelo menos um dia, na casa do rei."

Palavras tímidas.

Palavras humildes.

Palavras.....sábias!

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