sábado, 26 de julho de 2008

Avante, Brasil!


Enquanto a Seleção masculina de vôlei se despede de solo brazuca sem chances de conquistar a liga mundial de vôlei, após ser derrotada nesse sábado pela Seleção americana (quem esperava essa?) eis que recebemos a notícia de que Ronaldinho Gaúcho será o capitão da escrete canarinho durante as Olímpiadas. Será o renascimento do showman??? Dunga ressaltou na entrevista coletiva de que está gostando da dedicação de Ronaldinho Gaúcho nos treinamentos e a vontade deste de servir a Seleção Brasileira. Aguardemos as próximas notícias.....

Dá-lhe Dentinho!!!!!!!!!!!


Com dois gols de Dentinho, que esteve mais uma vez inspirado, o Corinthians conseguiu mais três pontos contra o Paraná Clube hoje em Curitiba. Numa tarde em que a equipe do Parque São Jorge esteve pouco inspirada e o ataque não se saiu muito bem nas bolas aéreas,o Timão sofreu com a pressão imposta pelo Paraná,que levou constante perigo para o gol alvinegro. Nesses momentos de perigo, brilhou novamente a estrela do goleiro Felipe que fez importantes defesas nessa tarde em Curitiba.

Dentinho esteve bem na partida. Soube se movimentar e armas jogadas pela ala direita, absolutamente fragilizada pelas poucas assistências feitas pelo lateral direito Carlos Alberto que é formidável na ação pelo setor defensivo, mas peca nas assistências ao ataque. Douglas se esforçou, mas foi bem marcado pelos volantes Agenor e Léo. André Santos, mais uma vez, mostrou-se apático em campo e foi mais preciso na parte defensiva. No primeiro tempo, o Timão começou arrasador, com sucessivos ataques e um lance claro de gol por parte do atacante Herrera que ficou frente a frente com o goleiro, livre de marcação,mas não conseguiu finalizar a jogada e abrir o marcador. Após esse lance o jogo foi dominado pelo Paraná Clube, que esteve bem nas assistências dos laterais Claudemir e Rogerinho. Felipe esteve presente e parou as ofensivas do ataque paranaense quando foi exigido, além das atuações de William e Chicão, que a cada partida, se consolidam como a melhor dupla de zaga do Brasil.

No segundo tempo, o Timão voltou sem substituiçoes e o Paraná Clube voltou ainda mais ofensivo. As melhores jogadas corintianas se deram com as jogadas de bola parada. E foi num lance de bola parada que nasceu o primeiro gol alvinegro. André Santos bateu o escanteio do lado direito, Fabinho cabeceou na segunda trave,o lateral Agenor desviou e a bola sobrou para Dentinho, de carrinho, abrir o marcador:1x0.

Mano Menezes substituiu Eduardo Ramos por Wellington Saci e, em seguida, substituiu Herrera por Acosta. Aos 35 minutos do segundo tempo, Felipe lança Acosta que enxerga Dentinho avançando pelo lado direito do campo. o atacante alvinegro que avança na área, vence o seu marcador na velocidade e toca no canto esquerdo do goleiro Gabriel, ampliando o placar: 2x0.

Daí em diante, o Timão buscou administrar a sua vantagem. O técnico Mano Menezes ainda utilizou a terceira substituição a que tinha direito e tirou Douglas de campo colocando Dênis, que numa jogada desastrosa pelo lado direito, aplicou um carrinho desleal no adversário e acabou sendo expulso pelo árbitro Nielson Nogueira Dias. 9 vitórias, 4 empates e 1 derrota é a campanha do Corinthians na série B, sendo líder absoluto do torneio com 31 pontos estando a 6 pontos do segundo colocado, a Ponte Preta de Campinas, que conta com 25 pontos, após a vitória desse sábado sobre o Avaí no Estádio Moisés Lucarelli.

Pequim 2008


Estão chegando as Olímpiadas.


Mais uma vez, vemos a euforia com que os órgãos de imprensa divulgam a proximidade dos jogos olímpicos. Qual a motivação?

A mera propaganda barata, senhores.... todos sabem que o Brasil não tem possibilidades de disputar as principais medalhas na maioria das modalidades esportivas. Todos sabemos que o quadro de medalhas terá a liderança de Estados Unidos, Rússia, Alemanha e alguns países da Ásia. O Brasil, seguindo a tradição do atraso, jamais teve uma política que favorecesse a prática esportiva entre nós. Muito menos, buscou políticas que possibilitassem o favorecimento da prática profissional. A rara exceção se dá através do futebol, do vôlei e do basquete. Porém, o vôlei está alcançando grandes feitos graças a essa vitoriosa geração que está sob a liderança do técnico Bernardinho. O basquete hoje assiste a sua decadência tanto na prática masculina como na feminina. A masculina é a mais escandalosa de todas: desde as Olímpiadas de Atlanta, em 1996, que a seleção brasileira não se classifica para a disputa de uma olímpiada. Já o futebol é o que de mais profissional alcançamos. Porém, bem sabemos o quanto são corruptas e viciadas as estruturas que regem o futebol no país.
Tanto que a nossa expectativa de vitória está no vôlei, que com certeza tratá o ouro olímpico. Já a seleção de futebol, bem.... no papel é um time excelente, mas na prática, muito provavelmente, o escrete terá problemas de entrosamento. Mas talvez o bronze seja uma marca possível.
Enquanto isso, torçamos, sim.... o esporte é uma forma de harmonia e desenvolvimento do espírito humano, possibilitando a superação de limites e as glórias da vitória.

Muricy 300


Muricy Ramalho completa 300 jogos a frente do São Paulo. Pergunta-se: E daí?


Já é do conhecimento de todos o quanto a carreira de treinador é rotativa no Brasil. Estamos na 14º rodada do campeonato brasileiro, e já vimos quantos treinadores perderam seus cargos após sucessivos resultados não satisfatórios. Muricy está tendo um ano de 2008 bastante regular. O São Paulo ainda não conquistou nenhum título esse ano, está com um elenco reduzido e limitado, mas no banco de reservas o treinador continua o mesmo.E porque isso?


Muricy é o herdeiro do método Telê Santana de trabalho. Perfeccionista, brigador e defensor do bom futebol, Muricy segue a risca os ensinamentos do mestre Telê que sempre quis um futebol brigador e, principalmente, a obrigação de por uma equipe competitiva em campo.


E competitividade é algo que o Tricolor do Morumbi tem conseguido manter nesses últimos anos. Muricy retornou ao São Paulo em 2006, depois de dois anos vitoriosos a frente de São Caetano e Internacional, o que lhe valeu uma nova chance na equipe paulista, então tricampeã mundial. Apesar de não ter conquistado a Libertadores nem qualquer outro título internacional, Muricy conquistou o bicampeonato brasileiro entre 2006-2007 e está próximo da zona de classificação para a Libertadores, que se alcançada ao término do nacional, será a 5º liberadores consecutiva do São Paulo.


Porém, Muricy sabe que sua permanência num clube como o Tricolor só se garante com vitórias,bons resultados e títulos. Talvez, o São Paulo não conquiste o seu Hexa campeonato brasileiro, porém a diretoria são paulina há de ponderar sobre a comprovada competência desse treinador que, sem dúvida, merecerá mais um ano a frente da equipe do Morumbi para a disputa da Libertadores de 2009.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

A realização do time dos sonhos



Todos adoram idealizar o time perfeito.Todos os anos, ao início dos campeonatos, todo torcedor tem a tendência nostálgica de relembrar algum grande craque do passado e pensar sobre como seria se o mesmo ainda estivesse na ativa. Ou mais: num exercício de abstração maior, qual seria o maior time de todos os tempos usando craques de ontem e hoje? Qual seria o maior Flamengo de todos os tempos? Qual seria o maior Corinthians de todos os tempos? O maior Fluminense? O maior Santos? E por aí vai.


Mas todos imaginam como seria o encontro entre dois grandes nomes do futebol. Estamos em 1979. O Flamengo montava aquele que é considerado, ainda hoje, o maior time de todos os tempos da Gávea. Sob a liderança de Cláudio Coutinho e a maestria de craques que eram prata da casa (Zico, Júnior, Leandro e Adílio surgiram nas categorias de base do clube), aquele Flamengo já quebrava recordes e estava sendo comparado ao Santos da era Pelé pelos feitos que estavam sendo realizados.


Então, o que aconteceria se o próprio Rei do futebol pudesse estar naquele Flamengo? Esse sonho se realizou em um amistoso entre Flamengo e Atlético-MG naquele ano de 1979.


Zico já era considerado um craque. Muitos eufóricos já o apontavam como sendo um Pelé branco, ou seja, ele era o legítimo herdeiro do maior jogador de todos os tempos. Pelé, foi e é,indiscutivelmente, o maior craque já visto em campo. Porém, em 1979, o rei já estava aposentado havia dois anos. Sua carreira se encerrou oficialmente em 1977 jogando pelo Cosmos de Nova York em um amistoso contra um combinado do Santos. Quando a partida se encerra e todos assistem ao fim daquela carreira brilhante, uma pergunta pairou no ar: surgirá um outro Pelé?


Eis que Zico desponta no Flamengo. Como teria sido Zico e Pelé jogando juntos? No jogo amistoso contra o Galo, toda a renda obtida foi revertida para as vítimas de uma enchente ocorrida em Belo Horizonte naquele ano. A partida ocorreu no dia 06/04/1979. A fanática torcida do Flamengo ovacionou a entrada do Dream Team. Pelé bem que se esforçou para conseguir acompanhar o ritmo do jovem time flamenguista ( o Rei já estava com 38 anos),porém, acabou tropeçando no gramado algumas vezes e não conseguiu completar muitos dos seus passes. Mas tava valendo.....

O Atlético abre o placar e, em seguida, surge um pênalti para o Flamengo.Quem bate? Zico, sabendo da festa e da expectativa de que Pelé cobrasse, pega a bola e parte em direção ao Rei. Pelé declina. Zico cobra e empata a partida. Pelé é substituído ainda no primeiro tempo. Mas o sonho estava realizado. Zico ainda marcou mais dois gols na goleada de 5x1 do Flamengo sobre o Galo e mostrou que o futebol brasileiro de então já tinha o seu novo camisa 10.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A (des)informação no jornalismo esportivo brasileiro


Seguindo a tendência geral do jornalismo que é praticado hoje no Brasil (marrom,baixo e num nível que deixa muito a desejar) as manchetes esportivas trabalham num grau de superficialismo medonho. Medíocre, diria até.

No campo da imprensa escrita. a revista Placar assume uma marronzice vergonhosa. Uma revista que já teve matérias e trabalhos que contribuíram para a preservação da memória esportiva brasileira, hoje abraça uma marronzice vergonhosa, sendo escancarada as propinas pagas pelos cartolas afim de conquistarem elogios e matérias favoráveis a suas equipes.

O Lance! talvez seja o melhor do jornalismo esportivo da imprensa escrita. Tendo mais de dez anos de atuação direta, esse jornal faz hoje o papel que antes era exercido pela finada A Gazeta Esportiva,no sentido de ser um jornal voltado exclusivamente as notícias ligadas ao esporte.Interessante, interessante....Porém, já viram as matérias de denúncia feita pelo periódico?? Ataca, ataca,ataca....mas não ofende! Tudo fica nas entrelinhas e só o leitor mais atento consegue perceber a sutileza daquilo que se está criticando.

Agora, quando vamos analisar o jornalismo esportivo feito através das ondas do rádio e da TV..... aí,sim, senhores,dá uma vontade louca de sentar na calçada e chorar.....

Dio Mio! Quanta BOBAGEM!

Superficial, burro, estúpido, sensacionalista e outros adjetivos correlatos são pouco prá definir os comentários e as análises dos veículos eletrônicos. Ontem mesmo, este missivista estava assistindo o programa "Jogo aberto"" apreentado pela Renata Fan. Que lastimável....

Não é tanto o nível dos participantes (Dr. Osmar de Oliveira é um craque no comentário),.mas o modo como é conduzido o debate....Gente, estavam discutindo a cena de uma torcedora que foi agredida por policiais no estádio do Pacaembu no jogo de sábdo. Martelaram por mais de meia hora sobre quem teria razão: a torcedora que zombou das autoridades ou os policiais que além de agredí-la a autuaram.

Gente,que coisa estúpida.....Tudo bem, até entendo que esse sensacionalismo é usado como estratégia para manter a audiência, porém....o futebol é muito amplo! Tanta coisa mais bacana poderia ser valorizada e mostrada se aproveitando do acervo histórico da Bandeirantes (como bem era mostrado no saudoso Gol, o grande momento do futebol),ou mesmo, matérias que mostrem a realidade dos clubes interioranos ou mesmo as condições de trabalho dos jogadores juvenis e profissionais dos times menores mostrando a negligência das entidades esportivas para com esses atletas.

Mas não.... todos os programas esportivos são iguais.... giro esportivo mostrando a rodada dos campeonatos nacionais ou estrangeiros, as últimas notícias dos principais clubes, paparicação descarada aos cartolas e críticas nulas as condições do futebol praticado no Brasil, bem como as condições dos estádios que receberão os jogos da copa de 2014.

Nêgada, porém há luz no fim do túnel.... há luz e expectativa a ser considerada com as jovens revelações que querem trabalhar por um jornalismo esportivo novo....o programa grandes momentos do esporte é uma amostra disso e, por mais que seja odioso o figura, o site do Milton Neves (esse merecerá uma matéria para breve....) tem uma sessão chamada Que fim levou? onde a memória do futebol é preservada e muitos jovens jornalistas são chamados para escreverem sobre craques do passado ou jogos antigos que marcaram.

O jornalismo esportivo tem solução? Tem. O Brasil tem solução? Tem. Porém, a mudança que queremos só podera surgir a partir da mobilização. Qual mobilização? Não assitindo, não ouvindo e não lendo essas quinquilharias inúteis que não levam a nada e que são o mais do mesmo. O futebol é nossa paixão. Lutemos por um tratamento mais digno para com nossa maior alegria esportiva.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Enquanto isso, no campeonato brasileiro....


Pois é, nêgada!

O São Paulo novamente dá uma arrancada para a conquista do brasileirão 2008. O time do Morumbi se recuperou bem nas últimas partidas e já está próximo do G4 e, por que não, a alcançar a liderança do nacional na rodada do próximo final de semana. Merecido? Sem dúvida.

Flamengo e Palmeiras que largaram na frente, já demonstram sinais de desaceleração e acomodamento. Inter e Cruzeiro talvez sejam as equipes que possam conseguir competir com o São Paulo na conquista do título. Porém, tudo ainda é muito cedo.... muita coisa ainda pode rolar até dezembro, quando encerra-se o campeonato. Destaque também para a outra ponta da tabela, onde Fluminense e Santos mantém-se na zona de degola e são favoritos a segunda divisão de 2009. O tricolor carioca ainda não se recuperou da desastrosa derrota na Libertadores e o Santos não encontra o futebol regular que desempenhou no primeiro semestre. Resta aguardar as cenas dos próximos capítulos.....

Fenômeno: o fim??

Enquanto Ronaldinho Gaúcho volta a brilhar nas manchetes com assuntos ligados ao futebol, o seu xará carioca, desponta para as manchetes de fofoca. Há muitos fatores que podem justificar esse processo de decadência pela qual passa o maior jogador brasileiro dos últimos 20 anos.
Para este missivista, os anos 90, foram marcados por quatro gigantes nos gramados: Marcelinho Carioca e Edmundo atuando em gramados brazucas, e Ronaldo e Rivaldo brilhando nos gramados europeus .

Desses quatro, Ronaldo deve ser o destaque. Menino, já demonstrava grande habilidade, oportunimo e categoria para realizar arremates e finalizações.Descoberto pelo Tricampeão Jairzinho, Ronaldo logo saiu dos subúrbios do Rio de Janeiro para alcançar fama nacional no único campeonato brasileiro que disputou até hoje em sua carreira: o de 1993, onde foi considerado revelação do nacional daquele campeonato defendendo as cores celestes do Cruzeiro de Minas Gerais.

Bastou a disputa de um único campeonato brasileiro para que o menino logo fosse moeda valiosa para os clubes europeus.

Após o término da Copa de 1994, onde o mesmo foi campeão sem ter disputado uma única partida, Ronaldo deixa o Cruzeiro e se dirige para a Holanda, para defender as cores do PSV. Brilhando, não demorou para chamar a atenção dos centro mais lucrativos do futebol europeu: Espanha e Itália.

Jogando pelo Barcelona a partir de 1996, lá brilhou como poucos, quebrando recordes de artilharias e sendo considerado e premiado o melhor do mundo em 1997... aos 20 anos de idade!

Daí, Ronaldo ser diferenciado entre os jogadores de sua geração: tudo veio muito cedo em sua carreira, tudo foi muito precoce e antecipado. Revelação maior aos 16 anos; convocado para uma Copa do Mundo e campeão aos 17 anos; ídolo na Europa aos 18 e melhor do mundo aos 20.
Talvez, essa história ascendente comece a se complicar a partir de 1998, quando este era a grande sensação do mundial realizado naquele ano. Porém, as coisas não saíram como se esperavam.


Uma seleção desastrosa, um técnico autoritário e com métodos antiquados de trabalho e paparicação geral da imprensa, em muito nortearam o desempenho brasileiro no mundial que poderia ter sido o da conquista do nosso penta.

Porém, apesar dos pesares, o futebol brasileiro realmente é uma potência e isso o mundo reconhece e teme nos gramados (que bom se isso também se refletisse na politica...). Entre trancos e barrancos, o escrete canarinho chegou ao final do mundial para enfrentar os anfitriões da copa: a França.
Ainda hoje causa polêmica a convulsão que Ronaldo teve na concentração da Seleção no dia do jogo decisivo. Porém, é indiscutível que o seu fraco desempenho, dificultou a Seleção canarinho de conquistar um bom resultado frente a França, que conquistou o seu primeiro mundial sob a liderança do paladino Zinedine Zidane.
Terminado o Mundial, eis que Ronaldo volta aos gramados defendendo a Inter de Milão. Dali, mais martírio na carreira. Contundido no joelho, Ronaldo se machuca em uma arrancada em direção ao ataque do clube adversário e sofre uma lesão que o tira do futebol por pelo menos dois anos.


Nesse período, todos o consideravam como absolutamente acabado. Copa de 2002? Só um louco acreditaria que ele chegaria ao mundial da Coréia-Japão em condições físicas adequadas. Eis que Luis Felipe Scolari, visionário, crê no impossível. Duvidando dos consensos, Felipão aposta em Ronaldo e o convoca para o Mundial. Quem diria.....






Artilheiro da Copa, e sendo responsável pelos dois gols que levaram o país a conquista do seu pentacampeonato, Ronaldo, novamente, está de volta ao topo do futebol mundial.


Conquista que ele alcança... aos 25 anos de idade!


Ora, vemos que nos 10 primeiros anos da carreira (1993-2003) tudo que um jogador sonha em conquista na carreira, Ronaldo conquistou: fama, mulheres, dinheiro, glórias, títulos e muito reconhecimento.
Depois da saída da Itália, e a transferência para o galático time do Real Madrid, os títulos escassearam e Ronaldo foi tomado pela síndrome de Maradona cuja máxima é: "meu talento supera a minha preguiça...."


O El Pib d'oro, maior craque argentino de todos os tempos, bem conseguiu levar a Argentina nas costas na conquista da Copa de 86 e ao vice-campeonato em 1990, porém naufragou no doping em 1994 e encerrou a carreira dali a três anos após duas décadas de profundos exageros com álcool e drogas.

Ronaldo acaba indo para a mesma direção só que no auge da vida adulta. Eis, senhores, um dos males da precocidade: ao conquistar tudo muito cedo, o precoce acaba "amolecendo" no momento em que deveria querer mais conquistas na carreira. Principalmente, quando falamos de futebol, onde a carreira é por demais curta e o jogador passa por uma grave crise existencial quando o coro da torcida, os autógrafos e os holofotes cessam sobre a sua imagem.

Como diz Paulo Roberto Falcão:" jogador de futebol morre duas vezes. A primeira, quando pára de jogar. " E Ronaldo...parou! Talvez isso justifique a sua despreocupação com a forma física e a forma despreocupada com a qual desfila pelas praias espanholas enquanto recupera-se de lesão.

Senhores, tudo na vida é uma soma de ações e reações. O fruto de um intenso trabalho, é a conquista. O fruto da preguiça e da mentira é a frustração e a amargura. Não são poucos os que ao viverem com as glórias do passado, acabam no ostracismo e destroem-se a si mesmos no vício, na jogatina e tornam-se verdadeiros zumbis ambulantes, sendo sobreviventes de si mesmos.

De 2007 a 2008, tudo foi inacabado na carreira do craque. Excluído dos planos de Dunga na Seleção, jogando partidas irregulares pelo Milan, marcando gols esporádicos, mas que poderiam ser a marca de um retorno do fenômeno, na verdade estavam apontando para uma provável decadência. Algo que pode ser evitado? Sim, sem dúvida! Porém, envolverá uma enorme garra, energia e vontade. Enfim, algo que só pode ser chamado de..... fenômeno!








Gaúcho, o retorno?


Depois de uma temporada 2007 muito tímida e, um primeiro semestre de 2008 bastante apagado, Ronaldinho Gaúcho finalmente voltou a brilhar nas manchetes esportivas. Talvez, não como gostaríamos de vê-lo: brilhando, fazendo jogadas de efeito, liderando artilharias e sendo mais uma esperança verde- amarela para as eliminatórias, as Olímpiadas (o que será de nós em Pequim?), e, a longo prazo, a Copa do Mundo de 2010 na África do Sul.

Depois de 5 anos vitoriosos a frente do Barcelona, Gaúcho sai do clube com a sensação de ingratidão. Um craque que levou o clube catalão a conquita de dois espanhóis e uma liga dos campeões merecia um pouco mais de compreenssão por parte dos dirigentes, que fizeram de tudo para dificultar a saída deste e a consequente volta do mesmo aos gramados por outra equipe. Visivelmente fora de forma, Ronaldinho aponta que sua carreira ainda terá muitos cápítulos e dará muito ainda do que falar.

Nessa última semana, o craque voltou a brilhar não por estar apagado. Mas por se apresentar ao seu novo clube e já poder estar com a Seleção brasileira nas Olímpiadas. Talvez, o gaúcho que desde menino já demonstrava ser craque e que, provavelmente, brilharia nos gramados do mundo inteiro (como brilhou, brilha e brilhará ainda), abre um belo sorriso que aponta para um futuro. Um futuro sorridente, feito de glórias, conquistas e realizações. Algo, só possível de acontecer, a quem dedica fé, força de vontade e amor ao que faz. Coisa que este craque, que já foi melhor do mundo, demonstra, finalmente, recuperar em sua trajetória.

domingo, 13 de julho de 2008

50 anos da Copa de 58


50 anos....
É incrível notar a data que estamos comemorando em 2008. Há cinco décadas atrás,o Brasil conquistava o seu primeiro título mundial de futebol. Título este que poderia ter vindo 8 anos antes, não fosse a tragédia do Maracanã frente ao Uruguai. Isso foi tão forte que traumatizou a torcida brasileira durante os 8 anos seguintes. Sabe, aquela baixa auto estima que acompanha o brasileiro até os dias presentes. Uma certa desconfiança sobre o que nós, enquanto povo, podemos realizar.

E, miseravelmente, essa baixa auto estima já faz parte da nossa identidade. E em 1958, a situação era essa. Um time totalmente desacreditado foi a Suécia tentar conquistar alguma posição não tão desonrosa. Tipo,um quarto lugar....

Senhores, a desconfiança e a descrença estiveram por trás dos cinco selecionados canarinhos que levantaram a taça de melhor do Mundo. Em 1958, a Seleção embarcou para a Europa desacreditada. Em 1962, no Chile, todos desconfiavam de que a equipe traria o bicampeonato, após perdermos o Rei Pelé, contundido, logo no primeiro jogo do mundial; em 1970,uma certa desconfiança pairava no ar, sobretudo vinda da imprensa que não acredita que Tostão,Rivelino e Gérson pudessem jogar juntos, já que os três eram canhotos (?).

1994, nos EUA, quem acreditaria naquela equipe cabeça de bagre com exceção de um baixinho que sempre foi gênio? E 2002, então.... uma seleção recheada de craques, mas que tinha dificuldades de entrosamento tão brutal que por um triz não ficamos de fora do mundial da Coréia-Japão.

Queridos, 1958 marca o início da virada.O mundo se encantava com a seleção canarinho e descobria os dois maiores jogadores da história: Garrincha, o anjo das pernas tortas e um tal Edson Arantes do Nascimento, que não tardaria de receber a merecida alcunha de Rei. Nossa majestade, o Rei Pelé.
Sendo que,aliás,os dois não inciaram aquele mundial como titulares. Foi no decorrer da competição que ambos ganharam espaço e foram se firmando na equipe. E essa dupla, a mais imortal do nosso futebol, enquanto atuou junto, a Seleção brasileira jamais foi derrotada. Porém, ali foi o início de uma grande dupla, mas logo ambos seguiriam caminhos opostos. Pelé se consagraria como a maior lenda do esporte bretão. Superando nomes antes dele e,dificilmente,surgirá aquele que conseguirá superar a sua marca. Já dizia Drummond: "Dificil não é marcar mil gols como Pelé, mas marcar um gol como Pelé." Enquanto que Mané, acabou a carreira no ostracismo e sendo uma sombra de si mesmo.

1958.... ali teve a realização da promessa de um menino que testemunhou seu pai chorar a derrota brasileira em 1950 e aos prantos lamentava o desastre canarinho. Esse menino prometeu:"Pai,eu vou ganhar uma copa do mundo pro senhor". Dali a oito anos, o menino do alto dos seus 17 anos, jogava um futebol de gente grande. De um país igualmente grande e que entrava no clube dos campeõs mundiais, sendo o mais vitorioso de todos 50 anos depois.




domingo, 6 de julho de 2008

Nova Era em São Januário?



Queridos, como todos que tem bom senso e amam o futebol, também muito me agradou a derrota de Eurico Miranda nas eleições para presidente do Vasco da Gama. Um time que tem as glórias, honrarias, tradição e importância como o Gigante da colina, não merecia um crápula tão virulento e desagradável quanto o senhor Miranda que transformou o clube num reduto seu, totalmente fechado aos interesses e desejos do seu agora ex-presidente.
Agora, vem a questão: e o Roberto Dinamite? Seria ele o presidente ideal para o clube?
Por muitas razões, sim. Roberto é um dos maiores ídolos da história do Vasco. Tendo despontado como jogador profissional em 1974 e sendo de fundamental importância na conquista do título brasileiro daquele ano pela equipe Cruz Maltina,o primeiro de sua história. Dinamite também é o maior artilheiro da história do campeonato brasileiro: 190 gols. Recorde absoluto e, até o presente momento, não superado. E creio que dificilmente o será, visto que são raros os jogadores que fazem mais de 3 temporadas por um clube. Ou seja: são poucos os jogadores que criam raízes e identificação com um clube no Brasil, tal como Dinamite, Zico, Júnior, Seginho Chulapa e tantos outros. Fora isso, o nível técnico decaiu muito, sendo raro encontrarmos jogadores que consigam marcar mais de 40 gols em uma temporada.
Mas Roberto Dinamite está fazendo história. É, provavelmente, o primeiro ex-jogador que assume a presidência de um clube. Sobretudo o Vasco, time que foi fundamental para que o negro obtivesse o seu espaço nas quatro linhas entre os anos 20 e 30, ter tido o primeiro presidente mulato, além de já ter cedido muitos de seus craques para a Seleção brasileira.


Porém, um pouco de cautela é sempre bom, e em tempos como o nosso, imprescindível.
Roberto Dinamite após encerrar a carreira se enveredou pela política, tendo sido eleito por partidos conservadores e que pouco acrescentaram ao Rio de Janeiro. Fora que, tal qual Eurico Miranda, Dinamite pode se utilizar da popularidade de presidente e buscar um cargo federal e..... será que já não vimos esse filme?
Outra: Dinamite já foi favorecido por Miranda em 1986, quando da convocação de jogadores para a disputa da Copa do México. Dinamite não havia sido relacionado pelo então técnico Telê Santana, que também não demonstrou empolgação por um jovem de 20 anos que começava a despontar como craque na colina: Romário.
Eurico Miranda pagou um grupo de torcedores para irem até o aeroporto de embarque da Seleção e gritar que Romário e Dinamite eram seleção.... como se ninguém soubesse disso....
Torçamos para que realmente uma nova era de democracia e transparência surja em São Januário.Algo que sua imensa e fanática torcida merece. Bem como, que sirva de exemplo para outros clubes do país pentacampeão do mundo.