Não é de se espantar o baixo público nessa primeira rodada dos Estaduais
Os preços abusivos dos ingressos, bem como a monotonia dos primeiros jogos, não são atrativos para o público que hoje, tendo a facilidade do Pay Per View, não se sente atraído de ir aos estádios.
Contudo, o campeonato estadual continua sendo de fundamental importância tanto para os clubes do interior como para os próprios torcedores que vivem fora da capital e que tem a grande chance de ver seus times do coração em ação.
Lógico que não é possível comparar o público de um clássico com o público de uma partida como São Paulo x Mogi Mirim ou Bragantino x Corinthians.
Seria o mesmo que comparar elefantes e formigas.
No entanto, o que seria do futebol sem as formigas? Onde seriam formados os craques? Onde foi que craques como Rivaldo, Edilson e Juninho Paulista despontaram para o futebol mundial?
Além de uma questão econômica, ainda é possível perceber um certo charme nos torneios estaduais. Os mesmos são carregados de história e de histórias.
Como não lembrar das embaixandinhas de Edilson na final do torneio de 1999?
Ou então, como não se lembrar dos gols de Raí na final de 1991?
Ou os gols de Pelé?
Ou ainda do o milagroso gol de falta de Petkovich na final do Carioca de 2001?
E os dribles de Ronbaldinho Gaúcho no tetracampeão Dunga no Grenal de 1999?
Num país de dimensões continentais como o nosso ainda é possível manter as rivalidades regionais e usá-las para agraciar, entorpecer e enlouquecer os verdadeiros donos da festa: os torcedores.
