segunda-feira, 23 de junho de 2008

Um pouco do jogo Brasil X Argentina

Que jogo aquele de uma semana atrás, hein??
Com certeza, Brasil e Argentina fizeram jus em campo a tradição de rivalidade entre esses dois países como sendo as duas maiores escolas do futebol mundial. Porém, estão pecando horrores na pontaria.


A Seleção canarinho continua sentindo uma carência de um meio campo mais criativo. Isso ficou evidente ao vermos Adriano isolado na frente, enquanto Robinho não conseguia fazer a tarefa de criar jogadas que favorecessem o ataque brasileiro. Do lado da celeste argentina, Riquelme criou jogadas, Messi não desapontou em termos de criatividade, mas a equipe careceu de um atacante com faro de gol.


Talvez foi o momento em que Dunga mais desgastou a sua imagem junto a torcida canarinho que gritou em coro: "Adeus, Dunga! Adeus, Dunga!". Além, é claro, do coro de "Burro! Burro! Burro!"


Vejamos até onde isso irá... faltam poucos meses para Pequim e o time Olímpico ainda não realizou nem meia dúzia de jogos oficiais e, pior: Ricardo Teixeira mete mais uma vez o seu dedo sujo e porco no meio e obriga a convocação de Ronaldinho Gaúcho, craque afastado e, provisoriamente, sem clube.


Enquanto isso, Alfio Basile também começa a dar sinais de desgaste. Apesar de estar comandando a última seleção olímpica a ganhar a medalha de ouro.

Fim do ciclo de vitórias

Pois é, o Corinthians encerrou a fase de 100% de aproveitamento ao empatar em 1x1 com a Ponte Preta no último sábado. Daqueles que estiveram afastados do time na partida de Sábado em Campinas, talvez o maior desfalque tenha sido William que realmente se consolidou como um verdadeiro xerife na zaga alvinegra.

Destaque? Sem dúvidas, o goleiro Júlio César, que cada vez mais ganha o carinho da Fiel e a confiança de Mano Menezes para se consolidar como titular no gol. O pênalti pego pelo arqueiro foi fundamental para que o Timão não saisse derrotado do Moises Lucarelli. Júlio César titular?

Sem dúvida. É só uma questão de tempo para que seja anunciada a saída de Felipe do Parque São Jorge. Mas a torcida sabe que o gol estará bem protegido.

terça-feira, 17 de junho de 2008

De herói a vilão



Nada é fácil no Corinthians. Quem aceita ser torcedor, dirigente ou mesmo jogador do clube tem que conviver com a pressão vinda de todos os lados. Uma certa vez, Sócrates, o Doutor da bola, declarou que o cidadão que não é corintiano é, automaticamente, anti-corinthians. O doutor realmente sabe das coisas.

Felipe chegou ao Corinthians para a disputa do Campeonato brasileiro de 2007, num campeonato maldito, que a fiel deseja esquecer no canto mais fundo da vergonha e da tristeza. O time mosqueteiro que disputou o nacional de 2007 em muito desonrou o passado de glórias, raça e garra que tão fortemente é associado a equipe do Parque São Jorge desde há muito.

Dentre o bando de pernas de pau, destacava-se um ídolo gritado pela torcida aos berros em cada partida: Felipe. São muitos os “milagres” proporcionados pelo arqueiro Corintiano entre 2007 e 2008. É inesquecível a sua determinação de atravessar o campo e ir em direção ao gol do Atlético-PR no Pacaembu enquanto a equipe alvinegra perdia pelo placar de 2x1. Quase que sua cabeçada atinge o ângulo do time paranaense e empatou a partida. Outro lance memorável, inesquecível, foi o pênalti defendido contra o Goiás, na casa do time adversário, onde todo ponto conquistado pela fraca equipe corintiana deveria ser celebrado como um gol em Copa do Mundo. E o pênalti de Paulo Baier defendido por Felipe foi comemorado tal qual a vitória num campeonato de grande notoriedade.

Nesse ínterim, de lágriams, forte emoções, sorrisos e decepções, talvez, Felipe tenha se tornado corintiano. Talvez o mesmo tenha se identificado com a causa Corinthians. Principalmente a causa de uma torcida. Torcida que, aliás, no caso da Fiel é uma relação estabelecida com o time que envolve amor e esperança. Não é um time que tem uma torcida. É uma torcida que tem um time.Contra isso, há uma união de torcidas rivais, adversários, que mesmo rivais entre si, se unem por uma causa: torcer pelo contrário ao Corinthians, ou secar o time, como se diz na gíria popular.

Porém, tudo que foi um dia.... não será jamais. Não há amor que também não envolva ódio. Não há sofrer que, no fundo, não gere uma pontinha de prazer. Essa ambigüidade de senimentos move a torcida corintiana como também move os sentimentos envolvidos nas relação humanas. Felipe salvou. Felipe honrou. Felipe lutou. Mas como bom ser humano.... Felipe falhou!!!!!

Mas oras, isso não é algo que poderia ser relevado? Afinal de contas, o cidadão que faz o que Felipe fez, não merece um crédito de confiança, logo, uma reconsideração por tudo? Porém, ao falhar contra o Sport Recife, na final da Copa do Brasil, no último dia 11/06, o arqueiro pode ter se despedido da equipe do Parque São Jorge. O clima entre Felipe e a Fiel estremeceu, e os muros pichados do Parque São Jorge, na manhã seguinte, chamavam Felipe de vilão. Sem dúvida, Felipe não é o único culpado. O mesmo time que está embalado na Série B, é o mesmo que na partida decisiva em Recife, não encontrou forças para atingir o gol rival uma única vez. Um único gol faria da Copa do Brasil de 2008 um título alvinegro. Mas sempre, em todas as atividades no Brasil, haverá sempre a necessidade de se encontrar um bode expiatório.Acabou sendo o Felipe.

Mas talvez isso mude. Talvez ele volte a ser titular, posição que lhe é de direito, algo que deve ser afirmado, reconhecendo que o arqueiro Júlio César, bom jogador, também tem totais condições de vestir o manto alvinegro. Ou talvez, Felipe se despeça do Parque São Jorge, melancolicamente, tal qual Rivelino o fez após perder o título paulista de 1974 contra o Palmeiras, no ano em que o Timão completava 20 anos de jejum de títulos. O Reizinho do parque, o maior ídolo do Corinthians em todos os tempos, jamais conseguiu levantar um título com a camisa alvinegra e se sente frustrado por isso. Felipe, se acabar por partir agora, também encerra o seu ciclo sem levantar uma taça. Mas algo do Corinthians permanece com Felipe. E algo de Felipe permanece no Parque São Jorge. Injusto um craque sair assim: derrotado e sem títulos. Injusto! Como tudo na vida e, também, no futebol.

Depois da queda....


Depois da queda...


Os Paralamas do Sucesso já diriam que depois da queda, vem o coice.
Isso é muito peculiar de ser recordado quando vimos o retorno da Seleção brasileira após sofrer a constrangedora derrota perante a Seleção Paraguaia por 2X0. Sentindo talvez a pressão que começará a cair sobre sua cabeça, Dunga já disfarça e se desvia das perguntas relacionadas a crise na Seleção canarinho.
O comandante nega isso. Acredita, sim, segundo suas palavras ser mais apropriada uma “mudança de atitude e não de equipe”. Tomara que no ditado pedra dura, pedra dura, tanto bate at[e que fura possa acontecer. Ao comandante da Seleção falta um pouco mais de bom senso..... Tá certo que a imprensa esportiva no Brasil solta as perguntas mais previsíveis e manjadas do planeta, pra não dizer absurdas, mas contra fatos não há argumentos, Dunga!
Diego não tem mais espaço na Seleção. São 4 anos que ele busca, busca e busca um espaço na Seleção principal e, infelizmente, até hoje não conseguiu desempenhar toda competência que demonstrou nos tempos de Santos e no seu atual clube, o Werder Bremen.
De longa data sabemos que muitos jogadores espetaculares em seus clubes, não desempenham com sucesso as suas qualidades com a camisa amarela. Raí é um exemplo. Ìdolo são paulinonos anos 90, irmão de Sócrates, craque e capitão da inesquecível seleção de 82, Raí não conseguiu mostrar todo o seu potencial na Seleção brasileira. Capitão e camisa 10 do time de 1994, perdeu a vaga de titular na equipe para o volante Mazinho, que acabou por tornar a Seleção mais retrancada e jogando tão somente pelo resultado.
Não é necessário repetir o filme pra ver o mesmo final. Diego não está em boa fase. Falta para a Seleção um meio campo mais criativo, que possa dar bons passes para os atacantes completarem o seu serviço. Ainda mais que o próximo desafio será um teste de fogo. Os argentinos serão ousados e não irão titubear em pressionar o Brasil sabendo da crise que se abate sobre o selecionado após duas derrotas seguidas.
É possível vencer da Argentina? Sim, é possível. Alias, a torcida que comparecerá ao Mineirão na próxima quarta-feira, vai exigir o resultado positivo como sendo uma obrigação. Resta, uma mudança de atitude, sim. Mas se faz evidente, que algumas peças necessitam ser alteradas para que se alcance o resultado almejado.

domingo, 15 de junho de 2008

E agora, Dunga???

Pois é....
Mais uma partida e a Seleção Brasileira na Era Dunga, não convence ninguém e consegue criar mais desconfiançã na possibilidade de a Seleção canarinho conseguir ter um bom desempenho nas Olímpiadas de Pequim. As derrotas recente para Venezuela (amistoso) e Paraguai (Eliminatórias), apontam problemas graves a serem selecionados pelo Brasil caso queira recuperar a sua tradição e respeito no futebol mundial como sendo o único time Penta campeão mundial.
Mas antes do Hexa, muita água ainda vai rolar.... As Eliminatórias Latino-americanas vão caminhando a passos lentos. Temos um intervalo muito grande entre os jogos e as Seleções estão encontrando o seu melhorem campo prá conquistar as vagas para o mundial da África do Sul.
Sempre temos dois favoritíssimos a conquista da vaga: Argentina e Brasil.
A Celeste argentina caminha bem, obrigado! Contando com um elenco conciso e com uma variada média de idade, nostros hermanos estão com um time bastante promissor e que aponta para a consagração de Lionel Messi como craque maior da equipe ao lado de Riquelme e Palácio. Apesar do empate com o Equador em 1X1 em casa, dará trabalho para o Brasil na próxima quarta-feira num jogo que promete botar fogo no Mineirão.
Agora, a Seleção brasileira... Dio Mio!!!
Com a derrota para o Paraguai, o Brasil está em quarto nas eliminatórias e o time não está se encontrando em campo. Motivos?
Podemos apontar desentrosamento, falta de tempo e um treinador hiper cabeça dura. E bota cabeça dura nisso...

Dunga segue a tradição dos técnicos autoritários e não se abre para questionamentos. No time que hoje foi derrotado ficou evidente a carência que temos de um meio campista habilidoso e um atacante fixo na área. Diego foi um jogador importantíssimo para o Santos na conquista do Brasileiro de 2002,porém isso foi... há seis anos!!!

Não é mais possível acreditar que ele possa ressuscitar a sua dupla com Robinho, sendo que este, sim, já se consolidou como titular da equipe e não pode mais sair. sua titularidade já é quase indiscutivel.

Uma saída seria: escalar Adriano e Alexandre Pato no ataque e recuar Robinho para o meio campo para fazer a função de armador de jogadas. No Mineirão, o Brasil terá a obrigação de sair vitorioso e com uma boa apresentação já que joga em casa e com uma torcida que anda desconfiada de seu time. O Brasil terá de atacar a Celeste argentina que virá preparada prá conseguir um resultado favorável e permanecer na zona de classificação para o Mundial de 2010.

Seria o Dunga grande culpado? Talvez sim.... mas não se pode negar a imensa responsabilidade e imbecilidade da CBF na figura de seu presidente quase vitalício Ricardo Teixeira. É incrível como uma entidade que fatura R$ 80 milhões de reais anuais ainda tenha a necessidade de marcar amistosos insignificantes para a Seleção brasileira e não permite que a comissão técnica dê sequência a um trabalho e se prepare bem para as Eliminatórias e as Olímpiadas de Pequim.

Com certeza conseguiremosa vaga no Mundial.... mas creio que deveremos esperar mais quatro anos prá tentarmos mais uma vez conquistarmos a inédita medalha de ouro olímpica. Não por falta de talentos. Mas por problemas estruturais que emperram o futebol enquanto arte e favorece os interesses escusos e mesquinhos de uma minoria de dirigentes que não liga a mínima para a nossa paixão nacional.