domingo, 13 de julho de 2008

50 anos da Copa de 58


50 anos....
É incrível notar a data que estamos comemorando em 2008. Há cinco décadas atrás,o Brasil conquistava o seu primeiro título mundial de futebol. Título este que poderia ter vindo 8 anos antes, não fosse a tragédia do Maracanã frente ao Uruguai. Isso foi tão forte que traumatizou a torcida brasileira durante os 8 anos seguintes. Sabe, aquela baixa auto estima que acompanha o brasileiro até os dias presentes. Uma certa desconfiança sobre o que nós, enquanto povo, podemos realizar.

E, miseravelmente, essa baixa auto estima já faz parte da nossa identidade. E em 1958, a situação era essa. Um time totalmente desacreditado foi a Suécia tentar conquistar alguma posição não tão desonrosa. Tipo,um quarto lugar....

Senhores, a desconfiança e a descrença estiveram por trás dos cinco selecionados canarinhos que levantaram a taça de melhor do Mundo. Em 1958, a Seleção embarcou para a Europa desacreditada. Em 1962, no Chile, todos desconfiavam de que a equipe traria o bicampeonato, após perdermos o Rei Pelé, contundido, logo no primeiro jogo do mundial; em 1970,uma certa desconfiança pairava no ar, sobretudo vinda da imprensa que não acredita que Tostão,Rivelino e Gérson pudessem jogar juntos, já que os três eram canhotos (?).

1994, nos EUA, quem acreditaria naquela equipe cabeça de bagre com exceção de um baixinho que sempre foi gênio? E 2002, então.... uma seleção recheada de craques, mas que tinha dificuldades de entrosamento tão brutal que por um triz não ficamos de fora do mundial da Coréia-Japão.

Queridos, 1958 marca o início da virada.O mundo se encantava com a seleção canarinho e descobria os dois maiores jogadores da história: Garrincha, o anjo das pernas tortas e um tal Edson Arantes do Nascimento, que não tardaria de receber a merecida alcunha de Rei. Nossa majestade, o Rei Pelé.
Sendo que,aliás,os dois não inciaram aquele mundial como titulares. Foi no decorrer da competição que ambos ganharam espaço e foram se firmando na equipe. E essa dupla, a mais imortal do nosso futebol, enquanto atuou junto, a Seleção brasileira jamais foi derrotada. Porém, ali foi o início de uma grande dupla, mas logo ambos seguiriam caminhos opostos. Pelé se consagraria como a maior lenda do esporte bretão. Superando nomes antes dele e,dificilmente,surgirá aquele que conseguirá superar a sua marca. Já dizia Drummond: "Dificil não é marcar mil gols como Pelé, mas marcar um gol como Pelé." Enquanto que Mané, acabou a carreira no ostracismo e sendo uma sombra de si mesmo.

1958.... ali teve a realização da promessa de um menino que testemunhou seu pai chorar a derrota brasileira em 1950 e aos prantos lamentava o desastre canarinho. Esse menino prometeu:"Pai,eu vou ganhar uma copa do mundo pro senhor". Dali a oito anos, o menino do alto dos seus 17 anos, jogava um futebol de gente grande. De um país igualmente grande e que entrava no clube dos campeõs mundiais, sendo o mais vitorioso de todos 50 anos depois.




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