quinta-feira, 24 de julho de 2008

A (des)informação no jornalismo esportivo brasileiro


Seguindo a tendência geral do jornalismo que é praticado hoje no Brasil (marrom,baixo e num nível que deixa muito a desejar) as manchetes esportivas trabalham num grau de superficialismo medonho. Medíocre, diria até.

No campo da imprensa escrita. a revista Placar assume uma marronzice vergonhosa. Uma revista que já teve matérias e trabalhos que contribuíram para a preservação da memória esportiva brasileira, hoje abraça uma marronzice vergonhosa, sendo escancarada as propinas pagas pelos cartolas afim de conquistarem elogios e matérias favoráveis a suas equipes.

O Lance! talvez seja o melhor do jornalismo esportivo da imprensa escrita. Tendo mais de dez anos de atuação direta, esse jornal faz hoje o papel que antes era exercido pela finada A Gazeta Esportiva,no sentido de ser um jornal voltado exclusivamente as notícias ligadas ao esporte.Interessante, interessante....Porém, já viram as matérias de denúncia feita pelo periódico?? Ataca, ataca,ataca....mas não ofende! Tudo fica nas entrelinhas e só o leitor mais atento consegue perceber a sutileza daquilo que se está criticando.

Agora, quando vamos analisar o jornalismo esportivo feito através das ondas do rádio e da TV..... aí,sim, senhores,dá uma vontade louca de sentar na calçada e chorar.....

Dio Mio! Quanta BOBAGEM!

Superficial, burro, estúpido, sensacionalista e outros adjetivos correlatos são pouco prá definir os comentários e as análises dos veículos eletrônicos. Ontem mesmo, este missivista estava assistindo o programa "Jogo aberto"" apreentado pela Renata Fan. Que lastimável....

Não é tanto o nível dos participantes (Dr. Osmar de Oliveira é um craque no comentário),.mas o modo como é conduzido o debate....Gente, estavam discutindo a cena de uma torcedora que foi agredida por policiais no estádio do Pacaembu no jogo de sábdo. Martelaram por mais de meia hora sobre quem teria razão: a torcedora que zombou das autoridades ou os policiais que além de agredí-la a autuaram.

Gente,que coisa estúpida.....Tudo bem, até entendo que esse sensacionalismo é usado como estratégia para manter a audiência, porém....o futebol é muito amplo! Tanta coisa mais bacana poderia ser valorizada e mostrada se aproveitando do acervo histórico da Bandeirantes (como bem era mostrado no saudoso Gol, o grande momento do futebol),ou mesmo, matérias que mostrem a realidade dos clubes interioranos ou mesmo as condições de trabalho dos jogadores juvenis e profissionais dos times menores mostrando a negligência das entidades esportivas para com esses atletas.

Mas não.... todos os programas esportivos são iguais.... giro esportivo mostrando a rodada dos campeonatos nacionais ou estrangeiros, as últimas notícias dos principais clubes, paparicação descarada aos cartolas e críticas nulas as condições do futebol praticado no Brasil, bem como as condições dos estádios que receberão os jogos da copa de 2014.

Nêgada, porém há luz no fim do túnel.... há luz e expectativa a ser considerada com as jovens revelações que querem trabalhar por um jornalismo esportivo novo....o programa grandes momentos do esporte é uma amostra disso e, por mais que seja odioso o figura, o site do Milton Neves (esse merecerá uma matéria para breve....) tem uma sessão chamada Que fim levou? onde a memória do futebol é preservada e muitos jovens jornalistas são chamados para escreverem sobre craques do passado ou jogos antigos que marcaram.

O jornalismo esportivo tem solução? Tem. O Brasil tem solução? Tem. Porém, a mudança que queremos só podera surgir a partir da mobilização. Qual mobilização? Não assitindo, não ouvindo e não lendo essas quinquilharias inúteis que não levam a nada e que são o mais do mesmo. O futebol é nossa paixão. Lutemos por um tratamento mais digno para com nossa maior alegria esportiva.


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