sábado, 6 de dezembro de 2008

Isenção e imparcialidade na imprensa


Toda vez que assistimos ou lemos uma entrevista feita com algum jornalista sempre vem a tona a discussão sobre a imparcialidade.

A idéia de uma neutralidade.

Senhores, isso é uma das coisas mais velhas do mundo. Talvez até mais velha do que andar prá frente.

Ao estarmos inseridos dentro de uma sociedade tudo nos leva a termos uma opinião.

Ao nosso redor temos semelhantes que tem uma formação diferente, um pensamento diferente e comportamentos muito distintos dos nossos. E as diferenças geram a riqueza da criativadade humana e também o ponto principal de conflito.

Se vermos um fato na nossa frente, como uma tentativa de assalto, é impossível não sentirmos nada. Mesmo paralisados, algum sentimento toma conta do nosso interior. Seja revolta, angústia ou terror.
E diante de nossos sentimentos, vem uma opinião, que nada mais é, do que um ponto de vista sobre um determinado assunto.

O jornalista, o cientista, o escritor, todo aquele que se dedica a prática da escrita e da formação de opinião, é um ser inserido dentro de uma sociedade. Estando inserido, ele tem simpatias e antipatias pelas questões que envolve a sua sociedade, o seu país e o seu mundo.

E a escrita, pratica solitária, mas amplamente necessária para a existência do homem, é carregada das experiências de quem escreve. A escrita é um ato que acabado é o congelamento do modo de pensar de seu autor.

Logo, se a convivência em sociedade nos impele a ação, e assim, a formação de uma opinião, desse modo, ninguém não tem opinião. E a isenção, a neutralidade em si é uma farsa. Uma mentira.

Que precisa ser derrubada. Pois,. os formadores de opinião não são isentos e muito menos estão livres de serem comprados e estarem a serviço do poder.

Isenção de opinião não existe. Integridade e sinceridade, sim, existem. E escancarados mostram uma honestidade do interlocutor para com o seu leitor.

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