domingo, 22 de fevereiro de 2009

A formação de esquadrões

Todo ano sempre temos a expectativa na formação de grandes esquadrões. Times que são verdadeiros tratores e que passam como um rolo compressor sobre os seus adversários.

O futebol brasileiro é o lugar perfeito para que isso aconteça. Temos os melhores jogadores do mundo, formamos constantemente grande craques que colocam o Brasil como sendo a maior escola do futebol mundial.

Fato inegável.

Todavia, notamos que muitos times que poderiam ser esquadrões imbatíveis simplesmente não engrenam. Vários são os exemplos. O Flamengo de 1995 que tinha o trio de ataque composto por Romário, Sávio e Edmundo é um exemplo. Tudo apontava para um grande esquadrão. Um Flamengo semelhante ao antalógico time da Era Zico. Porém..... não deu certo!

Romário, Sávio e Edmundo simplesmente não se entenderam dentro de campo. E esse time entrou para a história como sendo o Dream Team que poderia ter sido mas que não foi.

Outro exemplo é o time do Real Madrid. Uma verdadeira constelação de craques compunha o time Madrilenho. Craques titulares em mais de três seleções. Contudo..... resultados pífimos.
O time não rendeu e a promessa do surgimento de um dos maiores times de todos os tempos.... morreu na promessa.
Todavia, outros esquadrões dão certo quando ninguém crê que eles possam ingrenar. E olhando as escalações dessas equipes notamos que poucos são astros consagrados. Por exemplo o São Paulo de 1991-1993. Uma equipe que tinha jogadores de excelente nível e de importância na Seleção brasileira. Só que o que unia aquele grupo eram os interesses em comum do grupo capitaneados por um grande capitão: Telê Santana.
Há dois fatores importantes para que esquadrões de futebol se formem. Primeiro, um elenco coeso. A coesão é fundamental. Tão importante quanto o talento. Lembre-se que o Real Madrid 03-04 quanto o Flamengo de 95 eram compostos por grandes talentos. Mas que não tinham uma coesão enquanto grupo. Coesão que é alcançada pela harmonia trazida pelo líder de um grupo segundo condição essencial para a existência de um grande time: o treinador.
Telê Santana montou grandes times ao longo de sua trajetória. A Seleção brasileira de 1982 e o São Paulo são os exemplos mais próximos de nós. Após ele só Luxemburgo, disparadamente, montou equipes dos sonhos e vencedoras. O Palmeiras de 93-94 e 1996, o Corinthians de 98-00 e o Cruzeiro de 2003 são grandes exemplos. Em ambas essas equipes Luxemburgo tinha o time nas mãos. O Real Madrid que ele treinou não foi adiante devido a isso: a falta de liderança do treinador sobre a escalação do time.
Hoje temos o time do Palmeiras como a grande sensação do Brasil. Mais uma vez sob a liderança de Luxemburgo. Tudo aponta que o time irá longe. Resta saber até onde vão os interesses do treinador e se esses interesses envolvem uma longevidade a frente dessa equipe que promete fazer história no futebol nacional.

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