sábado, 18 de julho de 2009

Times brasileiros e a Libertadores

O que acontece com as nossas equipes em finais de Libertadores?

Pelo terceiro ano consecutivo um time brasileiro chega à final do torneio continental e cai perante o adversário jogando a partida decisiva em casa.

Sim, em casa!

2007 foi o Grêmio no Olímpico; 2008 a hecatombe no Maracanã com a derrota do Fluminense frente à LDU e agora a derrota do Cruzeiro para o Estudiantes da Argentina em pleno Mineirão.

Em ambas as ocasiões os times brasileiros despontaram como os favoritos ao título.

Talvez aí resida o erro de ambas as equipes: a comemoração antecipada do torneio. O Grêmio dirigido por Mano Menezes fez uma heróica campanha na Libertadores de 2007 e demonstrava ser uma equipe com fôlego para chegar às finais. Após a vitória sobre o São Paulo (derrotado, aliás, pelos três times finalistas nos respectivos anos) o Tricolor gaúcho avançou na competição com pinta de campeão.

Após uma acachapante derrota para o Boca Jrs. por 3x0 em La Bambonera o Grêmio acreditou que conseguiria reverter o placar jogando a finalíssima em casa e...... nada feito! Com uma apresentação de gala de Riquelme o Boca levantou o caneco em pleno Estádio Olímpico.

De todas as derrotas, sem dúvida, a mais inesperada e traumática foi a sofrida pelo Fluminense em pleno Maracanã para a equipe da LDU do Equador.

Após perder o jogo em Quito o Tricolor carioca, que era favoritíssimo, jogou todas as esperanças para a decisiva partida no Maraca. Destaque seja dado para Renato Gaúcho e suas infelizes declarações que antecipavam a vitória do Flu. O time das Laranjeiras venceu em casa numa apresentação brilhante do meia Thiago Neves, mas o resultado final levou à disputa por penaltis, onde brilhou a estrela do goleiro Cevalos garantindo a inédita conquista da equipe equatoriana.

Quem presenciou o Maracanã naquela noite pôde ter uma noção do que foi o Maracanaço em 1950 quando a Seleção brasileira foi derrotada pelo Uruguai perdendo assim a chance da então inédita conquista da Copa do Mundo que viria somente 8 anos mais tarde na Suécia.

E o Cruzeiro?

A equipe mineira tinha razões ainda maiores para estar confiante no jogo em casa.

Primeiro: fez o dever de casa e não perdeu na primeira partida, arrancando um empate heróico.

Segundo: chance clara de garantir um bom resultado em casa com apoio da torcida e um ataque arrasador.

Porém, em casa, a equipe de BH não conseguiu fazer o seu dever. O Estudiantes de Verón foi superior e conseguiu o heróico resultado que lhes garantiu a supremacia na América.

Qual lição se deve tirar de todos esses fiascos?

Futebol, definitivamente, é uma caixinha de surpresa, logo, espere de tudo. Mas de tudo mesmo!

Mas a vitória, meta maior, só é conquistada com empenho, suor, pés no chão e (por que não?) uma boa dose de sorte. Contudo, uma dosagem de humildade nunca fará mal a ninguém.

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