Futebol brasileiro em baixa?

Ontem, no CBN Esporte Clube, o jornalista Renato Mauricio Prado declarou que o futebol brasileiro anda em baixa.

Há uma carência de craques e de foras de série no futebol e isso está favorecendo o alto desempenho de Ronaldo na temporada 2009 pelo Timão.

Este missivista discorda.

Há tempos que no Brasil não tinhamos tantas estrelas em campo. Temos um Fred no Fluminense, Kleber no Cruzeiro, Nilmar e D'Alessandro no Internacional e Adriano, o imperador, no Flamengo.

O Corinthians e Ronaldo estão destoando pelo simples fato de serem os melhores em atuação no país hoje. Ronaldo está despontando em jogos decisivos. Veja-se, por exemplo, os gols marcados pelo Fenômeno no primeiro jogo contra o Santos pela final do Paulistão e o gol contra o Internacional no primeiro jogo da final da Copa do Brasil.

Além do mais, Ronaldo sempre mostrou ao longo de sua vitoriosa carreira que é um fora de série.

Aquele jogador que de repente, não mais que de repente, pode surpreender a tudo e a todos. Alguém imaginava que ele fosse capaz de marcar três gols na partida contra o Fluminense no Pacaembú?

Renato Maurício Prado ainda concluiu que no Brasil não há jogadores como Adílio, Mozart e muitos outros que brilharam no futebol há muito anos atrás.

Sim, Renato, não há jogadores como eles. Porém, ao você preferir a nostalgia, o passado, você esquece os gigantes de hoje. Ronaldo, o fenômeno, tem uma história que em nada perde para craques de ontem. Rivaldo, herói em 2002, tem tanta importância quanto Rivelino e Zico à frente da camisa 10 da Seleção brasileira.

Mas, contudo, pouco se comenta sobre isso. A nostalgia domina na imprensa. Nostalgia de um tempo que não voltará mais.

É razão para tanto pesar?

Creio que não.

Ao se viver no passado acabamos por enfraquecer o presente e desencorajar o futuro. E pior: nos cegamos para a riqueza que está bem à nossa frente tal qual o avozinho infeliz que em vão os óculos procura tendo-os na ponta do nariz.

Talvez Quintana concordasse.