Este missivista, no último final de semana, leu o livro Maioridade penal, a auto biografia do arqueiro Rogério Ceni. Entre sábado e domingo me detive na leitura das memórias do goleiro são paulino cheio de fatos curiosos, tocantes, emocionantes e chocantes.
Rogério é uma figura ímpar do nosso futebol. Recordista de gols, Rogério conquistou com muito esforço o seu espaço no São Paulo. Espaço merecido e devidamente honrado pelo atleta nos quase 20 anos dedicados à equipe paulista.
Coincidência ou não, logo após o jogo contra o Corinthians, no último final de semana, li o trecho no qual o Rogério declara, lá pelas tantas, que hoje não se preocupa mais tanto em marcar gols. Mas, sim, se preocupa em ganhar. Por qual motivo? O mesmo declara que não tem mais muito tempo como profissional do futebol.
Mais uma vez, a máxima de Paulo Roberto Falcão, o Rei de Roma, se encaixa perfeitamente: jogador morre duas vezes. A primeira quando pára de jogar.
E isso se aproxima de Rogério Ceni, que demonstra ter plena consciência disso.
Porém, aceitar....
Ah, senhores, aceitar é que são elas!
Lamentável que o goleiro tenha se machucado sozinho no treino da última segunda feira o deixando 6 meses fora dos gramados. Mas, talvez, esse mal venha para o bem, dando ao arqueiro o tempo para pensar e decidir o que melhor fazer da sua vida.
Rogério é um perfeccionista e um jogador competitivo. O futebol é sua vida, e o amor pelo esporte e, principalmente, pelo São Paulo, o motivam a seguir em frente. Porém, infelizmente, o futebol profissional encerra-se para todos um dia. Não é possível competir profissionalmente por toda a vida.
Mas, o legado de Rogério, enquanto esportista e profissional, esse é um efêmero próximo de ser eterno.
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