quinta-feira, 7 de agosto de 2008

E a história se repetiu.






Quem ontem esteve no Maracanã, sentiu estar vendo um replay. Só que ao contrário. Há dois meses e meio atrás, o Fluminense derrotou o São Paulo e o eliminou nas quartas de final da Libertadores da América.Ninguém acreditava que o tricolor das laranjeiras pudesse realizar tal feito.Todos tem viva a visão do técnico Renato Gaúcho sentado no gramado do Maracanã, numa reflexão longe, não acreditando no feito histórico que acabara de realizar ao levar a equipe das laranjeiras a semifinal da competição sul americana. Porém, a Libertadores não veio e o Fluminense retornou ao Brasileirão, beirando as últimas posições. O São Paulo, após a tragédia, seguiu a vida. Foi pontuando, pontuando, pontuando até que....alcançou o G4.

Então, ontem no Maracanã, quem não apostaria numa revanche do time do Morumbi? Tudo apontava prá isso mais uma vez....mas eis que o futebol, como boa caixa de surpresas, mais uma vez aprontou das suas. Uma coisa é certa: o futebol acontece em 90 minutos. É só aqueles que estão nas quatro linhas que recebem as energias e expectativas que envolvem esse espetáculo e que verdadeiramente definem quem sairá vencedor do confronto.

Muricy Ramalho pregou cautela. Renato Gaúcho, ultimamente, nada tem dito. E foi dado o início da partida. A torcida carioca protestava pela péssima campanha de sua equipe, numa maneira muito oposta daquela feita pelos seus rivais rubro-negros que a cada dia vêem seu amado clube despencar na tabela do campeonato nacional tal qual uma fruta podre.

O primeiro tempo foi morno. Todos tiveram vontade de dormir no primeiro tempo. Nos vestiários, tanto Muricy quanto Renato Gaúcho incentivaram suas equipes a irem a frente e buscarem o resultado. Eis que a pelota volta a rolar. O São Paulo começa melhor. Tanto que aos 3 minutos, Hugo abre o placar para o tricolor. Até então, nada que parecesse anormal. Eis que, de repente, não mais que de repente, ocorre a reação do tricolor carioca.

O jogador Romeu é derrubado por Éder na entrada da área, o que o árbitro Leonardo Gaciba não pestanejou em apitar a penalidade máxima.

Mais uma vez, no confronto entre Rogério Ceni e Washington, o coração valente se deu melhor. Duelo empatado. Se o Maracanã, no início daquela partida, tinha um clima de velório, com o empate o estádio tornou-se um verdadeiro caldeirão. Assim, 7 minutos após o empate, Tartá cruza baixo e deixa a bola nos pés de Washington que não perdoou e estufou as redes da equipe paulista. 2x1 Fluminense.

Com a virada da equipe carioca o São Paulo se mostrou acoado e recuou. O meio campo da equipe do Morumbi que já é deficitário, ficou ainda pior e o ataque muito pouco ameaçou a meta do arqueiro Fernando Henrique. E pondo fim aos gols da noite, Tartá, sempre ele, mais uma vez cruza para a área, a zaga do São Paulo se complica na marcação e Washington, mais uma vez, estava na área para não perdoar o erro da equipe paulista e pôr números finais a partirda: 3X1 Fluminense.

Muricy comentou a derrota e foi definitivo nas palavras: sua equipe jogou mal.


Quanto a Renato Gaúcho, nada foi dito de significativo. Porém, contra fatos não há argumentos. A situação dos tricolores é diametralmente oposta. O São Paulo continua no G4 e o Fluminense ainda ocupa as últimas posições na tabela de classificação. Ao tricolor paulista resta torcer pela partida entre Palmeiras e Vitória para permanecer entre os quatro melhores. Ao tricolor carioca resta agora lutar com todas as forças para sair do rebaixamento e lutar por uma posição mais honrosa. Porém, isso é futuro. E o futuro é consequência do presente.E no momento, vimos uma história que se repetiu e um favoritismo destroçado. E, sobretudo, um coração que bate forte por mais uma vez ter conseguido bater na mesma sintonia dos gritos de uma torcida que delirava por uma merecida vitória.

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