sexta-feira, 4 de junho de 2010

E a Seleção?



Vai começar mais uma Copa do Mundo.

Nesse momento, ruas pelo Brasil inteiro serão pintadas em prol do patriotismo de araque, manifestado somente nesse momento e esquecido nos quatro anos seguintes na espera do próximo mundial.

Mais uma vez, o Brasil é favorito ao título. Contudo, entre as coisas que chamam a atenção na Seleção de Dunga, além do corriqueiro favoritismo, é a falta de identidade que há entre a Seleção e o povo.

Os craques da seleção canarinho que hoje estão na África do Sul brilham em clubes estrangeiros e, em sua maioria, sairam do país quando eram ainda muito jovens. Logo, poucos são conhecidos do grande público.

Daí ser oportuno fazer uma comparação entre a Seleção desse ano e a que encantou o planeta em 1982. Mesmo com a distância temporal, notamos que ali, no escrete montado por Telê, identificamos uma seleção verdadeiramente nossa, com jogadores que aos finais de semana agitavam os nossos gramados. Flamengo, Corinthians, São Paulo, Internacional, Cruzeiro, enfim, pelo menos um jogador de cada grande clube nacional estava na Seleção daquele ano.

Onde se percebe essa falta de identidade? Simples: na falta de entusiasmo.

Estamos há poucos dias do início da competição e até o momento a euforia da população é por demais tímida.

Isso se referindo a identificação. Agora, no que diz respeito a qualidade técnica, a Seleção é realmente a cara do Dunga: sisuda, guerreira, objetiva e, acima de tudo....sem graça!

Uma Seleção que não arrisca, que não exibe, e que não desfila o melhor do futebol e do Brasil: a ginga.

Será uma Copa sonífero. Muito parecida com a de 1990 que ficou marcada como sendo a que iniciou a Era Dunga sendo esta marcada por um futebol medonho e sisudo, mas possível de se sair vitorioso.

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